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Trecho de programa da 'GloboNews' em que Daniela Lima lê mensagem de ministro do STF segue no ar 634z67

ÍNTEGRA DE GRAVAÇÃO DISPONÍVEL NA GLOBOPLAY MOSTRA QUE EMISSORA NÃO CORTOU MOMENTO EM QUE JORNALISTA RELATA CONVERSA COM MAGISTRADO SOBRE DEPUTADA CARLA ZAMBELLI 392i29

12 jun 2025 - 11h56
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O que estão compartilhando: que a Globo teria retirado do ar um trecho do programa Central GloboNews em que a jornalista Daniela Lima lê uma troca de mensagens com um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Na conversa, eles comentam a saída da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) do Brasil após ela ter sido condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 566t27

Trecho citado em postagem está disponível na íntegra do programa Central GloboNews exibido no dia 5 de junho
Trecho citado em postagem está disponível na íntegra do programa Central GloboNews exibido no dia 5 de junho
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso, pois o momento em que Daniela lê mensagens trocadas com um ministro da Corte permanece disponível na íntegra da edição do dia 5 de junho do Central GloboNews, na Globoplay. Na ocasião, jornalistas e comentaristas iniciaram a transmissão tratando da saída de Zambelli do País e da inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol, que a classifica como foragida internacional. O programa vai ao ar semanalmente e se dedica à análise dos principais acontecimentos políticos da semana com informações de bastidores.

Saiba mais: publicado no Instagram, o vídeo verificado está entre diversas postagens nas redes sociais que afirmam que a Globo teria editado a gravação do dia 5 de junho do programa Central GloboNews para remover o trecho em que Daniela Lima lê mensagens trocadas com um ministro do STF sobre a deputada licenciada Carla Zambelli ter deixado o Brasil. O nome do magistrado não foi revelado.

O Verifica ou a íntegra do programa (aqui) e identificou que o trecho citado está disponível na Globoplay. O o só está disponível para s. A menção à troca de mensagens feita por Daniela começa aos 24 minutos e 24 segundos e vai até 25 minutos e 10 segundos da transmissão. A jornalista disse:

"Posso ler aqui a mensagem que eu troquei com um integrante do Supremo? Eu escrevi [risos]... Ai, gente, desculpa... 10h30 da manhã: 'A Zambelli fugiu, ministro'".

Em seguida, a apresentadora Natuza Nery diz: "Você que informou?".

Daniela continua a leitura: "Aí às 11h25, o ministro responde: 'Pois é, mas se tivesse preventiva iam dizer que é ditadura'. Aí eu falei: 'É, isso ela está dizendo de todo jeito'. 'Mas só ela, né?', respondeu. 'Enfim, se eu fosse relator, tava todo mundo preso'. Mas, Alexandre [de Moraes] está muito emparedado pelos 'isentos' da mídia, do mercado e do Congresso. Apanha demais".

Não é verdade que Carla Zambelli só possa ser presa em flagrante ou por crime inafiançável

Ao afirmar que a emissora teria cortado o trecho em que Daniela menciona ter conversado diretamente com um ministro do STF, a postagem sugere que haveria algo de irregular ou suspeito na troca de mensagens entre ela e o magistrado.

É comum que Daniela, assim como outros jornalistas, mencione no programa informações obtidas em conversas com autoridades sem revelar suas identidades. Essa prática, conhecida como declaração "em off", é rotineira no jornalismo e não representa nenhuma conduta imprópria, ao contrário do que insinua a publicação.

Um exemplo desse tipo de menção aparece em uma reportagem recente publicada no blog de Daniela no g1. No texto, ela relata que, segundo um ministro da primeira turma do STF, a saída de Zambelli do País após condenação unânime foi "didática". Diante disso, a apreensão de aportes "deve ser vista como regra geral" no Supremo em casos semelhantes.

Conforme mostrou o Estadão (aqui), a deputada licenciada está foragida desde o dia 4 de junho, após o ministro Alexandre Moraes decretar sua prisão preventiva por deixar o País afirmando que não tem pretensão de retornar. A saída ocorreu 20 dias após ter sido condenada pelo STF no caso da invasão hacker aos sistemas do CNJ. Segundo um aliado, ela deixou os Estados Unidos e está na Itália, onde possui cidadania e acredita estar a salvo da Justiça brasileira.

Nesta quarta-feira, 11, o Supremo pediu formalmente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a extradição de Zambelli para cumprir a pena de 10 anos de prisão, em regime inicial fechado pela invasão hacker. Cabe ao Ministério da Justiça, por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), processar o pedido.

Estadão
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